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De volta para o futuro do mercado de trabalho — para onde vamos?

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Mercado de trabalho: para onde vamos?

Muito se fala sobre como será o futuro do mercado de trabalho. O ser humano perderá a relevância e, consequentemente, o seu trono para os robôs? A tecnologia realmente vai acabar com as profissões que vemos nos dias de hoje? 

Ainda que a tecnologia traga melhorias para processos e para a realização de atividades nas nossas rotinas, a sua predominância e presença crescente nas empresas são algumas das preocupações que andam tomando forma na sociedade — e que refletem na dinâmica do mercado de trabalho ano após ano.

É claro que a tecnologia e a automação já estão trazendo novidades ao mercado de trabalho atual e alguns cargos estão ameaçados de extinção.

A Amazon, por exemplo, já possui a sua loja self-service. Ou seja, não há atendentes nos ambientes, nem mesmo caixas para cobrança (adeus filas intermináveis).

Em terras tupiniquins, o Carrefour já tem planos para construir um supermercado no mesmo estilo. Isso já traz uma baita transformação.

No entanto, afirmar que não haverá mais trabalho para nós, reles mortais, é um tanto dramático.

O mercado de trabalho está se transformando e tornando-se cada vez mais plural, seguindo o rumo natural da nova era digital: tudo muda na velocidade da luz.

Antes, era positivo que um/a profissional fosse generalista. Isto é, pudesse saber da sua área e um pouco das áreas correlacionadas. Entretanto, a demanda atual e que seguirá para o mercado de trabalho no futuro é que os/as profissionais sejam cada vez mais especialistas.

E isso faz sentido, já que as máquinas e robôs conseguirão fazer o trabalho mais braçal e operacional, dando ao ser humano a possibilidade de explorar e inovar através de soluções para resolver problemas mais complexos.

Episódio do podcast #CaféComigo onde Gui Junqueira fala sobre educação, carreiras e profissões.

Como está a relação entre tecnologia e mercado de trabalho?

Já vivemos uma era em que apenas fazer uma faculdade não é mais suficiente para ingressar no mercado de trabalho, pois o conhecimento muda constantemente por causa do avanço da tecnologia, exigindo que a gente se atualize e se aperfeiçoe cada vez mais. 

Se antes a pessoa se formava e, posteriormente, fazia um curso ou outro durante a carreira, hoje, se esse/essa profissional tiver a mesma atitude, ficará para trás rapidamente — e não é só no mercado de trabalho, é na vida no geral.

Essas pessoas precisam avançar no mesmo ritmo da tecnologia.

O mercado digital está mudando muito rapidamente e a educação não está exatamente acompanhando esse ritmo na velocidade demandada pelas empresas que andam revolucionando as formas de trabalho.

Para acompanhar as transformações, é preciso conhecer a dinâmica e estar sempre em movimento. E se você quer começar a acompanhar isso agora, veja esse artigo sobre dicas de podcasts para quem quer acompanhar o mercado digital.

O mundo tech-driven em que estamos vivendo é uma realidade cheia de oportunidades, mas também de grandes desafios. É o que a pesquisa realizada pela McKinsey diz.

O interessante nessa pesquisa são os seguintes dados:

→ 50% das atuais atividades de trabalho são tecnicamente automatizáveis.

→ 6 de cada 10 ocupações, hoje, possuem mais de 30% de atividades que são automatizáveis.

→ Até 30% das horas mundiais trabalhadas podem ser automatizadas.

Isso está fazendo com que o número de profissionais qualificados/as para atuar no mercado de trabalho atual esteja muito abaixo do que o esperado pelas empresas de tecnologia, causando uma inflação no salário de profissões desejadas, como a de desenvolvedores/as, profissionais de produto, entre outras. 

E tudo isso devido a uma má qualificação de profissionais e um descasamento entre a teoria aprendida nas salas de aula e a prática (ou falta dela) na hora de pôr a mão na massa.

Pois bem, para ajudar a solucionar o problema acima, diversas startups e empresas do mercado digital passaram a incluir um período de treinamento e capacitação em seus processos seletivos. 

Programas com metodologias ativas e plurais surgiram (nós aqui!). As pessoas passaram a buscar outras alternativas para aprendizado (famoso soft skill: fast learning). 

O que o mercado de trabalho exige?

Conhecimento, estar preparado/a para trabalhar com tecnologia na prática e conseguir atuar em equipe.

Pensando no que o mercado de trabalho exige de você, fizemos uma curadoria de conteúdo, ferramentas, profissionais e um passo a passo para quem tem interesse em ingressar no mercado digital e de inovação.

São temas relacionados as 4 áreas mais procuradas pelas empresas de Tecnologia:

Cada material traz um contexto sobre as profissões, dicas para começar e guiar as pessoas por essas jornadas e também conta com listas de profissionais para seguir e se inspirar, listas de ferramentas e conteúdos fundamentais para as áreas.

Mais do que ter um diploma, a curiosidade pelo novo e a busca pelo conhecimento serão de imensa valia.

Desse modo, aprender, desaprender e reaprender serão ações muito importantes. Não necessariamente cursar mais de uma faculdade mas, sim, estudar pelos recursos disponíveis e ser autodidata — isso fará uma enorme diferença.

Aliás, existe muito conhecimento e skills (tanto técnicas quanto comportamentais) que podem ser desenvolvidas na prática, colocando a mão na massa e encarando os desafios.

Portanto, desenvolver skills constantemente será algo de extrema importância se você quiser ser relevante. Principalmente em um futuro mercado de trabalho que será ainda mais dinâmico e complexo do que o atual.

Tenha em mente que a concorrência não será somente com o/a coleguinha ao lado, e sim, com a própria tecnologia, que terá ainda mais capacidade de realizar inúmeras atividades através do machine learning, inteligência artificial e tantas outras novidades que virão por aí (e virão, colegas).

Na verdade, concorrência nem é a palavra certa para determinar o tipo de relação que teremos com essas mudanças que interferem no mercado de trabalho digital.

Por isso, cargos com ocupações puramente técnicas devem mostrar uma nova demanda por habilidades criativas e interpessoais.

Dominar um assunto na teoria e na prática já é fundamental hoje, e a exigência só irá aumentar.

O que você pode tirar disso?

Invista em absorver ao máximo a sua área de conhecimento, o que não falta é informação disponível gratuitamente.

Sua profissão sobreviverá ao futuro do trabalho?

Pense na sua profissão e, principalmente, na sua ocupação atual. Você acredita que pode ser substituído/a por uma máquina na sua função? Sem alarmismo ou pânico, mas nós precisamos pensar sobre isso. 

Alguns dados divulgados no relatório Global Talent Trends 2019, uma pesquisa anual do LinkedIn feita com líderes de negócios, empresas que gerenciam talentos e especialistas em RH (Recursos Humanos), vão ajudar a fazer essa previsão.

O estudo mostra que o mercado de trabalho futuro vai absorver pessoas com flexibilidade para atuar em diferentes locais e horários de trabalho e que possuam habilidades pessoais especiais, com destaque para as soft skills, como empatia, capacidade de trabalhar em equipe, autonomia e resiliência. 

Ainda de acordo com a pesquisa, no futuro, as relações entre as empresas e os/as contratados/as serão mais transparentes e respeitáveis, inclusive no que se trata de salários (boa notícia!). 

Veja os principais insights desse estudo: 

Flexibilidade no local de trabalho – 72% dos/as contratantes dizem que no futuro será ainda mais importante contar com profissionais flexíveis, que sejam capazes de trabalhar quando e onde quiserem, já que isso gera uma vantagem competitiva importante para as empresas.

Soft Skills – 92% dos/as recrutadores/as de talentos afirmam que as pessoas com soft skills são essenciais na tomada de decisão na fase de contratação dos/as candidatos/as. As pessoas com poucas habilidades em soft skills são tidas como contratações ruins (infelizmente, é um fato!).

Transparência no pagamento – Este item foi considerado importante por 53% dos/as profissionais que contratam talentos, já que as contratações ficam mais rápidas e fáceis quando existe o compartilhamento de faixas salariais, o que otimiza as negociações.

Assédio – 75% dos/as entrevistados/as já disseram que a cultura do local de trabalho mudou bastante de dois anos para cá para prevenir o assédio contra os/as colaboradores/as.

O relatório sobre as contratações para o mercado de trabalho também mostra que as conversas bidirecionais estão mais comuns. Assim, os/as funcionários/as podem falar mais abertamente com os/as responsáveis sobre aspectos negativos e positivos da empresa. 

Já pensou em como você vai sobreviver neste cenário?

Fazendo uma projeção até o ano de 2030, é possível dizer que de 8 a 9% dos trabalhos demandados sequer existem ainda.

Neste cenário, fica fácil entender que seu futuro no mercado de trabalho pode ser fantástico e inovador. 

Pense que a próxima década será repleta de oportunidades que você pode criar quando substituir a palavra profissão por habilidade – certamente uma empresa precisará dos seus conhecimentos em tecnologias específicas pois, ainda, os seres humanos estão controlando os robôs! (rs)

Em outras palavras, a tecnologia irá, sim, substituir muitos empregos que são feitos de modo mais braçal e que não demandam tanta complexidade de gerenciamento dos humanos.

Em contrapartida, a mesma tecnologia nos trará a oportunidade de explorar novas dimensões da nossa habilidade profissional e humana. 

Isso significa que você, como indivíduo, deverá se reinventar se quiser ter (seu lugar ao sol) uma carreira no futuro mercado de trabalho.

Sua inteligência e mindset serão fundamentais para te guiar em direção ao futuro. Ah, um detalhe: o futuro já começou

O que você pode fazer desde já para ficar à frente do tempo? A hora é agora!

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Last modified: 03/03/2020

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