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Como aprender com os tipos de aprendizagem?

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Nesse artigo, vou falar sobre um tema muito interessante e que casa muito com a forma como as mudanças no mundo afetaram — e ainda afetam — o modo como percebemos e absorvemos informações.

Você já ouviu falar dos tipos de aprendizagem? Pois bem. Conseguir identificar quais são os estilos que facilitam nosso processo ajudam, e muito, na hora dos estudos.

Vamos lá?

Sobre questionar os tipos de aprendizagem

Nos primeiros anos na faculdade, eu sempre me perguntava por que era tão difícil conseguir prestar atenção no conteúdo de determinadas aulas e, em outras situações, era mais tranquilo.

Eu chegava a conclusões como: não era boa naquele tópico em específico, não gostava mesmo do/a professor/a ou talvez o tempo estivesse quente demais e o ar condicionado quebrado estava impedindo minha concentração. 

GIF para ilustrar a capa do artigo: "Como aprender com os tipos de aprendizagem?". Vemos um jovem branco, sentado de frente a uma escrivaninha, com uma caneta e um caderno. Ele parece estar estudando. Ele está arrasta todos os materiais da mesa para o chão, como se estivesse cansado de estudar.

Pois bem. Na época, inquieta e inconformada com minha graduação, comecei a me envolver em projetos relacionados a educação empreendedora e, então, fui percebendo algo incrível: cada pessoa, a depender do contexto, possui um gatilho e uma forma para — melhor — absorção de informações.

Ou seja, a forma como aprendemos é distinta não só de pessoa para pessoa, como por contexto. Por isso, certas metodologias são eficazes para uns e, para outros, nem tanto. Parece um pensamento simples, não é? Só parece. 

Há quem diga que viver é aprender. E eu concordo com isso, pois aprender é um aspecto essencial para nosso desenvolvimento, nossos relacionamentos, posicionamento e comportamento.

Seu conceito, muito antes de o conhecermos como o conhecemos, era, majoritariamente, para perpetuar a cultura de um grupo social. Isso permitiu que esses grupos conseguissem sobreviver por gerações e gerações enquanto as necessidades (de sobrevivência, inicialmente) se moldavam.

Com toda a evolução da sociedade, é curioso como, hoje, as pessoas podem dedicar horas e horas de estudos e, numa prova, se sair mal — de acordo com a instituição.

Claro que podem existir diversas justificativas para explicar esse tipo de situação, mas, o fato de termos começado a questionar o ambiente de aprendizado com foco na pessoa que está aprendendo, ajudou com o surgimento de algumas metodologias que ajudam a personalizar, ao máximo, o processo. 

Como os tipos de aprendizagem surgiram no rolê

Vou citar aqui que a teoria dos tipos de aprendizagem, levantada por Frederic Vester — lá pela década de 70 — sugere que na performance de aprendizagem de uma pessoa, é preciso levar em consideração os diferentes canais de percepção.

E ele encaixa isso em 4 tipos de “canais”, por aprendizagem:

  • Auditiva;
  • Cinestésica;
  • Intelectual (leitura e escrita);
  • Visual.

É polêmico, mas vale trazer isso para um pouco de reflexão, né?

Daí que vamos falar um pouco sobre, especificamente, essa teoria. Lembrando sempre que teorias são refutáveis e, com essa, não poderia ser diferente.

Dizer que alguém se encaixa em um tipo x ou y é tornar isso uma crença limitante. E sabemos que, quando se trata de comportamento, não é bem assim que a banda toca. 

Já descobriu qual a melhor forma para você aprender?

O tempo passa e as coisas mudam. O processo pelo qual as pessoas percebem e processam as informações é tão distinto quanto cada pessoa em si.

Como eu disse, identificar tipos de aprendizagem e formas de facilitar esse processo baseia-se em um conjunto de fatores que estão correlacionados, assim como comportamentos e atitudes.

Se você dedicar algum tempo para pesquisar, verá que, ao longo do tempo, as formas de aprendizagem passaram a ser abordadas por outras teorias. E é bem natural, pois quanto mais se descobre, mais há para questionar.  

As metodologias orientadas a ação e aprendizagem holística que estão sendo mais exploradas hoje, acabaram servindo de combustível para disseminar esses 4 tipos de aprendizagem também. 

Auditivo

Não é estranho pegar uma pessoa que tem o aspecto auditivo mais forte externando seus pensamentos em voz alta.

Essas pessoas gostam de absorver o conteúdo enquanto batem um papo com alguém — ou com elas mesmas.

Podcasts são ótimas opções para absorções rápidas ou mais longas e vídeos também. Conseguem se expressar e entender muito bem através do exercício da fala.

Se adicionar uma música durante o processo, aí fica ótimo!

Cinestésico

Nesse aspecto é preciso mão na massa, movimento e dinamismo.

Essas pessoas gostam de gesticular enquanto conversam ou estão estudando, precisam experienciar o momento por elas mesmas para conseguirem absorver a mensagem por completo.

Sabe aquela pessoa que anda de um lado para o outro enquanto leem ou até mesmo falam ao telefone? Pois é. Essa é a forma dessa pessoa conseguir focar e despertar o sentido para o que está fazendo no momento. 

Leitura/escrita

Essas pessoas não se importam em dedicar tempo anotando algo mesmo que tenha acesso ao conteúdo posteriormente, pois essa é a forma de reforço.

Costumam se dar muito bem com listas, livros e manuais. 

Visual

Pessoas que são mais visuais precisam de um local em que consigam se concentrar e focar no que precisa ser feito.

Essas pessoas costumam associar imagens a conteúdos e situações para conseguirem fixar o contexto. São observadoras.

As anotações tendem a conter desenhos, fluxos, imagens ilustrativas e mapas mentais que apresentam conexões entre as ideias e conteúdos.

O mais interessante aqui…

É que você não se encaixa em apenas um desses. E por isso que testes que utilizam formas equalizadas para gerar resultados possuem mais confiabilidade, pois tudo vai depender do contexto e do conteúdo que você está aprendendo.

Você pode ter mais facilidade de absorção através da mão na massa, por exemplo, mas também lidar bem com abordagens visuais. É meu caso: majoritariamente cinestésica, seguida de visual. 

Acontece que isso não anula a possibilidade da pessoa que está facilitando o conteúdo tentar estratégias diferentes dentro de cada um desses tipos.

Por exemplo: existem conteúdos que eu absorvo através da leitura, pois a escrita conversa muito comigo. E existem sites que publicam conteúdos com mais de uma opção.

O importante mesmo é entender quais são as melhores formas de criar um ambiente e um formato que consigam contemplar e respeitar o processo de cada pessoa.

E esse ambiente precisa ser personalizável, adaptativo e também precisa antecipar as necessidades. 

Claro que, se você quer identificar qual tipo de aprendizagem é a sua, você precisa entender quais são os gatilhos que podem melhorar seu processo. Além disso, algumas boas dicas, são:

  • Primeiro, entenda o motivo de você estar aprendendo esse tópico. Visualize qual/is benefício/s isso trará para sua vida — seja pessoal ou profissionalmente falando. Inclusive, isso pode se tornar um combustível para te manter motivado/a a continuar. 
  • Clichê, porém essencial: organize-se. Você precisa saber qual seu nível atual de entendimento do assunto e onde quer chegar, para saber por onde começar. Após isso, será bem mais fácil traçar um caminho para chegar lá – sempre respeitando seu próprio tempo, entendendo seu progresso.
  • Por fim, entenda que a aprendizagem é algo constante. No momento que vivemos, as informações chegam em maiores escalas a cada minuto, segundo. Quando aprendemos algo, já existe mais caminho para trilhar e se manter numa constante. Sempre vai existir mais para explorar! 

Como isso está ligado ao seu futuro?

Bem, com as mudanças no mercado de trabalho e tudo o que se fala sobre as profissões do futuro, precisamos encontrar formas de nos prepararmos para alcançar os desafios profissionais e, principalmente, suprir as demandas que o mundo digital exige dos/as novos/as profissionais.

Isso está diretamente ligado ao quanto buscamos e conseguimos aprender para acompanhar a velocidade dessas mudanças. Seja aprender sobre novas habilidades técnicas (hardskills) ou comportamentais (softskills). Seja na sua área ou em uma área complementar.

Por isso, é importante também, então, que o processo de aprendizagem seja algo fluido e prazeroso. Assim, se tornará algo até mesmo natural no seu dia-a-dia.

Depois disso, que tal fazermos um acordo? Você precisa descobrir qual a melhor forma de transformar o processo de aprendizagem mais proveitoso para você.

E ninguém melhor do que você mesmo/a para descobrir isso primeiro.

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Last modified: 10/07/2019

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